A hanseníase ainda é um grande problema em países onde existem desigualdades.
Este tratamento é realizado com uma poli quimioterapia com três drogas, gratuitamente distribuídas pelo governo. Desde 1990, quando foi instituída a alta por cura, houve uma queda drástica no número de casos em tratamento, porém, a quantidade de novos casos detectados anualmente ainda é grande — cerca de 30000 casos por ano —, principalmente em Estados da região Centro-Oeste, Norte e Nordeste do Brasil.
Apesar disso, podemos considerar que são poucos os casos de hanseníase no mundo, sendo que Índia e Brasil respondem por 70% deles. Isto se deve, em parte, ao fato de que o número de profissionais que trabalham com a doença também diminuiu, assim como o conhecimento das pessoas que fazem apoio diagnóstico, como os enfermeiros, fisioterapeutas e pessoal de laboratório.
Deste modo, em muitos casos o diagnóstico é feito quando a doença já está avançada, ou seja, com lesões incapacitantes em olhos e membros, e seus familiares já podem estar infectados, ou mesmo doentes, mantendo a cadeia de transmissão.
Sintomas
Todos podem suspeitar de um caso de hanseníase e encaminhar para um médico fazer o diagnóstico. Os sinais e sintomas mais comuns da doença são manchas na pele que não coçam, nem doem, e que tem diminuição de sensibilidade à dor, ao calor, ou mesmo ao tato, podendo ainda ter diminuição de pelos e do suor.
Existem também formas da hanseníase que não tem manchas visíveis, podendo atacar os nervos dos braços e das pernas, causando choque, inchaço, fraqueza muscular, dormência e formigamento.
Controle da Doença
Para controlar a hanseníase, é necessário agir em várias frentes. É necessário, por exemplo, garantir que os médicos aprendam o suficiente sobre a doença nas universidades, e saibam que ela é comum em nosso meio, já que vivemos em um País que é o segundo maior em número de casos.
Também é válido orientar a população sobre a doença, pois muitas pessoas não procuram ajuda médica quando ela está na fase inicial (hanseníase indeterminada), ou mesmo na fase avançada.
Já o terceiro ponto é garantir que os familiares de uma pessoa doente sejam examinados, pois todos os que vivem na mesma casa ou convivem regularmente com um paciente de hanseníase estão em risco de adoecimento, tanto em virtude da sua proximidade genética, quanto do contato.
Como podemos, então, acabar com esta doença?
É muito simples: desconfiando sempre que ela existe, indo ao médico para fazer diagnóstico e exames, tomando os remédios regularmente, e orientando para que todos os parentes sejam examinados, além do treinamento continuado do pessoal das equipes de saúde.